Gratidão
Em seu sentido etimológico, gratidão deriva do latim gratus, que remete ao estar agradecido ou ser grato. Desse modo, podemos compreender a gratidão como extensão do como estou e do ser. Isto é, tem a ver com a algo intrínseco ao ser humano: sua essência. Assim, possui forte ligação com o SER e o ESTAR.
Quem eu sou? Eis a grande pergunta que nos move nas circunstâncias da vida. Tal movimento é mais interno do que externo. O ser é impelido a sempre vir a ser, ou seja, nunca estará pronto, completo. É um dinamismo processual e gradativo. Como eu estou? Isso é fora dos status, das máscaras, das mídias. O como estou condiz com o modo para fora de mim. O modo de estar vai refletir em tudo na vida, seja na vida pessoal e social.
Com tudo isso, podemos questionar, e a GRATIDÃO? Onde ela entra em tudo isso?
Segundo Antístenes “a gratidão é a memória do coração”, portanto, faz sentido o ser e o estar enquanto expressão da gratidão. Pois, sendo ela a memória do coração, eis o grande armazenamento da inteireza do ser. Vejamos bem que, a memória corresponde aos registros que possuímos, sejam eles bons ou não. O coração, por sua vez, é nosso órgão vital, ele que bombeia, que está todo instante em ação, fazendo acontecer a vida. Por isso, a frase de Antístenes engloba um lema, que se torna um código de vida que gera a própria vida.
Ser grato a que? De que modo viver a gratidão?
Só pode ser grato quem traz memória do coração. A Sagrada Escritura diversas vezes apresenta sobre o coração enquanto fonte de armazenamento para coisas ruins (cf. Mt 15,19) como para as coisas boas (Pr 4, 23; Lc 2,19). Vale sondar o próprio coração, como ele está? O que tenho armazenado? O que estou deixando ressoar? Assim, a gratidão é a expressão da própria vida, do amor, da paz e do bem.
Que sejamos promotores da gratidão em nossa realidade, onde há tantos feridos pela fome, miséria, maus tratos, omissão, abandono… onde há a exclusão, a opressão e a mentira. Ser promotor da gratidão, é gerar vida, não é negar a realidade, mas sim, a partir dela dar novo sentido, ressignificar, trazer para a vida. Isso é possível quando começa nas pequenas coisas, no cotidiano da vida, começa em mim… em você… em nós!
Gratidão!
Irmã Soliane,cfa
Em seu sentido etimológico, gratidão deriva do latim gratus, que remete ao estar agradecido ou ser grato. Desse modo, podemos compreender a gratidão como extensão do como estou e do ser. Isto é, tem a ver com a algo intrínseco ao ser humano: sua essência. Assim, possui forte ligação com o SER e o ESTAR.
Quem eu sou? Eis a grande pergunta que nos move nas circunstâncias da vida. Tal movimento é mais interno do que externo. O ser é impelido a sempre vir a ser, ou seja, nunca estará pronto, completo. É um dinamismo processual e gradativo. Como eu estou? Isso é fora dos status, das máscaras, das mídias. O como estou condiz com o modo para fora de mim. O modo de estar vai refletir em tudo na vida, seja na vida pessoal e social.
Com tudo isso, podemos questionar, e a GRATIDÃO? Onde ela entra em tudo isso?
Segundo Antístenes “a gratidão é a memória do coração”, portanto, faz sentido o ser e o estar enquanto expressão da gratidão. Pois, sendo ela a memória do coração, eis o grande armazenamento da inteireza do ser. Vejamos bem que, a memória corresponde aos registros que possuímos, sejam eles bons ou não. O coração, por sua vez, é nosso órgão vital, ele que bombeia, que está todo instante em ação, fazendo acontecer a vida. Por isso, a frase de Antístenes engloba um lema, que se torna um código de vida que gera a própria vida.
Ser grato a que? De que modo viver a gratidão?
Só pode ser grato quem traz memória do coração. A Sagrada Escritura diversas vezes apresenta sobre o coração enquanto fonte de armazenamento para coisas ruins (cf. Mt 15,19) como para as coisas boas (Pr 4, 23; Lc 2,19). Vale sondar o próprio coração, como ele está? O que tenho armazenado? O que estou deixando ressoar? Assim, a gratidão é a expressão da própria vida, do amor, da paz e do bem.
Que sejamos promotores da gratidão em nossa realidade, onde há tantos feridos pela fome, miséria, maus tratos, omissão, abandono… onde há a exclusão, a opressão e a mentira. Ser promotor da gratidão, é gerar vida, não é negar a realidade, mas sim, a partir dela dar novo sentido, ressignificar, trazer para a vida. Isso é possível quando começa nas pequenas coisas, no cotidiano da vida, começa em mim… em você… em nós!
Gratidão!
Irmã Soliane,cfa